Colocação: | Equipe: | Pontuação final: |
1º lugar | Guerreiros do Acre | 1745 pontos |
2º lugar | #Tocomusic | 1535 pontos |
3º lugar | Brother Hood | 1525 pontos |
4º lugar | Black Sheep | 1470 pontos |
5º lugar | Garotos de Programa | 1390 pontos |
quarta-feira, 23 de dezembro de 2009
terça-feira, 22 de dezembro de 2009
Aqui vão os 10 Primeiros:
10. GILBERTO GIL
Sua carreira se confunde com a história de nossa cultura
9. TIM MAIA
Sem mudar os rumos da música, deixou marcas profundas
8. CARTOLA
O talento e a pureza de um gênio silencioso
7. NOEL ROSA
Mito da boemia, ele morreu jovem demais
6. ROBERTO CARLOS
O artista que é a cara do Brasil
5. JORGE BEN JOR
A estética revolucionária de um gênio autodidata
4. CAETANO VELOSO
Um ser onipresente na música brasileira
3. CHICO BUARQUE
O poeta versátil da canção popular
2. JOÃO GILBERTO
O revolucionário pai da bossa nova
1. TOM JOBIM
O maestro soberano da Música Popular Brasileira
Os outros 90 podem ser vistos em http://www.rollingstone.com.br/edicoes/25/
Acha que falta alguém na lista?
Deixa aí a tua opinião!
domingo, 6 de dezembro de 2009
sábado, 28 de novembro de 2009
São produtos dos mais variados tipos, ótimos para presentear quem você gosta neste Natal!
A Mostra será aberta ao público, por isso, se você quiser trazer algum não aluno, basta que ele mostre a Carteira de Identidade na guarita e pegue o crachá de visitante (com design exclusivo da feira).
Vale lembrar que Primeira Mostra Artesanal foi em maio deste ano com a artesã e professora Rejane Barcellos e também teve organização das turmas 2M e 2L.
quinta-feira, 19 de novembro de 2009
A Cia Barbixas de Humor, como o nome já diz, é uma equipe de humoristas que, com MUITA criatividade, criam um verdadeiro espetáculo de humor. Eu mesmo, já fiquei horas no youtube assistindo os engraçadíssimos vídeos do grupo.
Atualmente, o trio Barbixas (Anderson Bizzocchi, Elídio Sanna e Daniel Nascimento) apresentam em São Paulo, toda a quinta-feira e em turnê pelo Brasil, o espetáculo Improvável, que consiste em um show de improviso com interação inclusive da plateia.
“Além dos Barbixas, um ator convidado faz o papel de Mestre de Cerimônias (o famoso "MC"), aquecendo a platéia com uma pequena introdução antes do espetáculo interagindo com o público e explicando como funciona o espetáculo. Na hora das improvisações ele seleciona as sugestões da platéia e explica os mecanismos e as regras dos jogos de improvisação.” (fonte: http://www.improvavel.com.br.html)
Segue abaixo alguns vídeos do grupo - dois do espetáculo Improvável e um curta satírico:
http://www.youtube.com/watch?v=wXSJM_iUomw
http://www.youtube.com/watch?v=Br88vISqoW8
http://www.youtube.com/watch?gl=BR&hl=pt&v=QJ_G-bMSh_A
quarta-feira, 18 de novembro de 2009
A obra, dirigida por Sérgio Rezende, é um dos 65 filmes estrangeiros concorrentes ao Oscar 2010 nas cinco indicações da categoria. Ele foi o escolhido entre dez produções nacionais que participaram do processo de seleção. O anúncio foi feito no dia 18 de setembro, pela Comissão Especial de Seleção formada por personalidades representantes dos vários segmentos do meio cinematográfico.
O filme, inspirado em fatos reais, narra os fatos que culminaram com a paralisação da cidade de São Paulo por uma facção criminosa em maio de 2006. O fio que conduz a trama é o drama individual de Lúcia (Andrea Beltrão), uma professora de piano de classe média que, ao tentar tirar o filho da cadeia – preso por ter cometido um assassinato - acaba por se envolver com o crime organizado e os acontecimentos que resultaram nos violentos ataques do PCC à cidade de São Paulo.
A lista com os nomes dos pré-selecionados para concorrer ao Oscar 2010 em todas as categorias estará disponível no site da Academia (www.oscars.org).
Mais informações sobre o filme em http://www.sonypictures.com.br/Sony/HotSites/Br/salvegeral/
terça-feira, 17 de novembro de 2009
Festival de cinema divulga oficinas
Atividades ocorrem durante o Santa Maria Vídeo e Cinema (SMVC), de 23 a 28 de novembro
O Santa Maria Vídeo e Cinema (SMVC) divulgou as oficinas que serão realizadas durante o festival, entre os dias 23 e 28. Serão quatro oficinas, que estão com as inscrições abertas até o dia 23, no Hotel Itaimbé.
Os cursos aconteceram durante a manhã, entre os dias 24 e 28. São 20 vagas para cada oficina, com direito a certificado de conclusão. É uma oportunidade para quem quer aprender um pouco mais sobre as diferentes opções do audiovisual.
Programe-se
Cineclubismo
- Com — Paulo Henrique Teixeira (Coordenador do Cineclube Lanterninha Aurélio) e Gilvan Veiga Dockhorn (Diretor regional do Conselho Nacional de Cineclubes do Brasil e professor da UFSM)
- Quando — de 24 à 27, das 9h às 12h30min
- Onde — Auditório João Miguel de Souza - Cesma (Rua Professor Teixeira, 55)
- Quanto — R$ 10
Documentário
- Com — Jaime Lerner (roteirista, diretor e diretor de fotografia formado pela Academia de Cinema Beit-Zvi, em Israel)
- Quando — de 24 à 27, das 9h ao meio-dia
- Onde — Hotel Itaimbé (Rua Venâncio Aires, 2.741)
- Quanto — R$ 30
Direção de Fotografia
- Com — Giovane Rocha (profissional atuante no mercado desde 1995 com trabalhos para canais de televisão e empresas produtoras)
- Quando — de 24 à27, das 8h30min às 12h30min
- Onde — Paz Produtora (Rua Silva Jardim, 2.378)
- Quanto — R$ 30
Trilha sonora
- Com — Gerson Rios Leme (graduado em Música e Mestre em Educação pela UFSM)
- Quando — de 24 à 28, das 9h às 12h30min
- Onde — Hotel Itaimbé (Rua Venâncio Aires, 2.741)
- Quanto — R$ 30
Inscrições
- Onde — Sala 6 do Hotel Itaimbé (Rua Venâncio Aires, 2.741)
- Quando — Das 10h às 18h
- Informações — 9644-3691
Os alunos de Gestão Cultural que têm interesse em participar entrem em contato com o Festival.
segunda-feira, 16 de novembro de 2009
Silvana Meireles, coordenadora executiva do Programa Mais Cultura, afirmou que a população brasileira quer consumir cultura, e que os gastos da população nesse setor estão acima das despesas com educação, colocando-se na sexta posição.
“Apesar de termos dados revelando que há uma grande parcela da população, principalmente das classes C, D, e E, que ainda é desassistida por políticas públicas na área da cultura, os gastos da família brasileira com cultura ficam na sexta posição, acima dos investimentos com educação. Ou seja, existe um anseio da sociedade civil e dessa população por consumo de cultura”, disse Silvana, em um seminário para discussão da construção de espaços culturais em áreas de intervenção do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC).
Ela ainda salientou que, dos municípios brasileiros, aproximadamente 60% possui ações do Programa Mais Cultura e que a criação dos Espaços Culturais vai fazer crescer esse número. Essa iniciativa vai atingir 19 estados brasileiros. Serão em torno de 1,2 mil projetos que devem receber apoio do Ministério da Cultura. Entre eles estão 200 cines cultura, 410 bibliotecas modernizadas, e ainda Pontos de Leitura e pontos de cultura.
“Qualquer estado e qualquer município brasileiro podem aderir ao programa, basta manifestar essa intenção. Existe uma vasta gama de produção cultural espalhada no território brasileiro. Em contraponto, há uma falta de acesso a essa produção cultural. Então o ministério tem trabalhado com estados brasileiros e mais recentemente com municípios no sentido de fazer alianças para o desenvolvimento e ampliação desse projeto”, frisou.
http://blogs.cultura.gov.br/sábado, 14 de novembro de 2009
Mais informações http://www2.uol.com.br/ipanema/new/ncoisas.shtml
Abraço e bom final de semana à todos!
O dia 4 de novembro foi maravilhoso para nós, futuros gestores culturais, pois fomos na 7ª Bienal do Mercosul e pq tivemos aquele bate-papo com o Frank Jorge. Sério! Foi um dia muito perfeito e com certeza inesquecível em nossas vidas.
Na Bienal, nos deparamos com um mundo completamente abstrato e ao mesmo tempo super significativo. No Cais do Porto, estão aquelas obras visuais, que nos fazem pensar sobre os temas sociais, inclusive. No MARGS, são desenhos, pinturas e fotografias que remetem à um leque de significados. Já no Santander, estão as obras projetáveis e essas são deslumbrantes, imaginativas e surpreendentes até. Eu, particularmente, adorei aquela obra que passa as fases do dia — o nascer do sol, o pôr do sol e também a noite —.
No bate-papo com o Frank, tivemos a oportunidade de entrar em contato com o verdadeiro Rock Gaúcho, que causa muita divergência e admiração, inclusive no próprio meio musical. O Frank foi muito bacana e de uma forma super sutil e até tímida, dissertou sobre a história do Rock e sobre as bandas do Sul... a maneira que os músicos tocam, a forma de divulgação, o lance da barreira musical que existe em função do eixo Rio-São Paulo...
Enfim, foi uma grande e divertida aprendizagem!
segunda-feira, 2 de novembro de 2009
Frank Jorge, um dos maiores nomes do rock gaúcho, aceitou o convite do curso de Gestão Cultural para um bate-papo sobre rock e produção musical nesta quarta-feira, dia 4 de novembro. O bate-papo vai ocorrer a partir das 18h. Frank Jorge tem seu nome associado a bandas fundamentais do rock gaúcho como Graforréia Xilarmônica, TNT, Os Cascavelletes e Cowboys Espirituais. Continua sua carreira musical e atualmente é coordenador e professor do curso de Formação de Produtores e Músicos de Rock da Unisinos. Bom humor, conhecimento e talento musical não vão faltar nesse encontro e muito menos você. Esse evento assinala o início das atividades do OFICINÁRIO. Para saber mais sobre Frank Jorge acesse o link indicado, sugestão de Guilherme, da turma 2L. E fique ligado no que vai ocorrer nesta terça e quarta no Campus. Vale a pena conferir.
quinta-feira, 29 de outubro de 2009
Acesse o site http://www.feiradamusicadosul.com.br e participe.
quarta-feira, 28 de outubro de 2009
Marilda Ormy
Graduanda em Produção Cultural pela Universidade Cândido Mendes. Atua como produtora executiva e foi diretora artística do Teatro Municipal de Niterói, coordenadora geral dos projetos da Secretaria de Cultura, Subsecretária de Cultura, Presidente da Fundação de Arte, diretora do Teatro Popular e Secretária de Cultura de Niterói (2008). Atualmente trabalha com sua empresa, Mosaico Cultural, como consultora em gestão cultural e é diretora executiva da Associação Brasileira de Gestores Culturais.
GC: Quando você começou a atuar como gestora cultural?
Marilda: A partir de 1998, como gestora cultural e, a partir de 2003, como gestora pública cultural.
GC: Quais os principais desafios da profissão?
Marilda: Como gestora pública (PMN), sinto que o principal desafio é conseguir manter uma equipe séria e comprometida durante todo o processo (pré, pro, e pós produção) de determinado projeto cultural. É com esta equipe que vou traçar planos para o desenvolvimento de políticas públicas que estejam comprometidas com os desejos e necessidades do local onde trabalho. Como gestora cultural (Mosaico), gerenciar uma equipe com participação coletiva é meu maior desafio. Outros desafios nessa área: criar projetos importantes em acordo com as necessidades, desejos e expectativas de quem vai usufruí-lo, planejar detalhadamente todas as etapas do trabalho, definir as funções em acordo com os talentos e criar ferramentas para acompanhamento do movimento de cada projeto. Ex: planilhas orçamentárias, cronograma de atividades, formulários de pesquisa, etc.
GC: Como você vê o mercado profissional para os gestores culturais?
Marilda: Bom, promissor. É um mercado que está se desenvolvendo “oficialmente” a não mais de 15 anos, quando os primeiros cursos universitários de produção cultural começaram (UFF, Universidade da Bahia, Universidade Cândido Mendes...). De lá pra cá, percebo o crescimento da credibilidade em nossa área, apesar de faltar muito tempo para o entendimento, por parte do produtor (principalmente) e do gestor, de que “no final, toda produção dá certo, não importando muito o planejamento”. Destaco aí o trabalho dos pesquisadores na Economia da Cultura, que veio comprovar a importância numérica de nosso trabalho e, consequentemente, a valorização da área cultural.
GC: Você acha importante que haja cursos de formação na área? Por quê?
Marilda: Acho indispensável. Porque o profissional deve ser qualificado, de forma a eliminar a cultura de que qualquer um pode fazer produção e gestão, de forma intuitiva. O conhecimento adquirido na universidade vai facilitar a prática da execução de ações e criar profissionais diferenciados, ocasionando maior credibilidade à profissão.
GC: O que faz o gestor cultural?
Marilda: Ele coordena: se abastece, substancialmente, do conteúdo necessário ao projeto que está por desenvolver e, junto com sua equipe, planeja, coordena, controla todos os processos, analisa relatórios recebidos, avalia os resultados (principalmente os negativos), e se prepara para a coordenação de um novo projeto. Gostaria de terminar, destacando a importância da fase de pré-produção e pós-produção de quaisquer ações. Se a elas nos dedicarmos com maior afinco, a fase da produção acontece de forma leve, sem estresses, sob controle, pois todas as possibilidades de erro foram bem analisadas na pré, restando para pós, além dos agradecimentos à equipe e ao cliente, o planejamento para novos desafios.
Esta entrevista foi gentilmente concedida para os alunos do Curso de Gestão Cultural do IFSUL/Campus Sapucaia do Sul.
sexta-feira, 23 de outubro de 2009
sexta-feira, 2 de outubro de 2009
No Brasil os termos Produção Cultural e Gestão Cultural tendem a cobrir a mesma área de atuação. A tendência, no entanto, é a consolidação do nome Gestão Cultural. Há também os que preferem o termo Administração Cultural. Aqui no Blog você encontrará referências a todas essas designações, o importante é tomar conhecimento do que faz o profissional que opta por trabalhar com cultura utilizando ferramentas gerenciais. Esse é o nosso enfoque. Boas leituras! A seguir reproduzimos o texto do Guia de Profissões Meganize sobre Produção Cultural.
O QUE É PRODUÇÃO CULTURAL
Eles podem estar num megashow de rock, numa feira internacional de livros ou num festival de teatro? Diversão? Não. Trabalho duro, sem hora para começar ou para terminar. É assim a vida de um produtor cultural. O que para a maioria é lazer para esses profissionais é meio de vida.
O objetivo do curso não é formar artistas, mas profissionais que viabilizem a cultura. Seja uma produção glamourosa ou pequena, a especialidade desse produtor é elaborar, organizar e executar projetos ou eventos e, ainda, administrar espaços culturais.
Especialistas dizem que esta carreira ganhou impulso nos anos 1990, quando mudaram as leis de incentivo à cultura. Na época foram criados novos centros culturais no país e mais municípios perceberam a importância de equipar suas secretarias de cultura.
O QUE FAZ O PRODUTOR CULTURAL
O produtor pode, portanto, trabalhar em secretarias estaduais e municipais, com a missão de realizar projetos voltados para o entretenimento da população e para incrementar o turismo; em departamentos de marketing e comunicação de empresas públicas e privadas, avaliando e executando projetos que podem contribuir para a imagem da instituição; em ONGs e centros comunitários, lidando com a cultura como forma de inclusão social; ou, ainda, em seus próprios escritórios, procurando financiamento e viabilizando projetos de terceiros.
Na montagem de uma exposição, por exemplo, é o produtor que contrata artistas, planeja orçamento, contrata iluminadores, montadores, divulgadores, providencia infraestrutura, dá suporte ao curador, elabora relatórios. Em geral, esse trabalho é feito em equipes.
O QUE PRECISA CONHECER
Saber inglês e espanhol é importante, até para trazer atrações internacionais para o país ou levar artistas brasileiros para o exterior. Ainda na faculdade é importante que o aluno faça cursos de gestão cultural e pesquise sobre a lei de incentivo à cultura e sobre como obter parcerias. A carga horária é de 20 horas semanais em empresas e órgãos públicos. Em escritórios varia de acordo com os clientes. Mas, para realizar um evento, qualquer produtor cultural pode trabalhar 15 horas por dia ou até virar noites.
O produtor cultural não pode apenas gostar de música, artes plásticas, teatro, etc. Tem que também saber lidar com finanças, orçamentos e entender de leis, especialmente às de incentivo à cultura. Deve ainda estar preparado para “vender” projetos em empresas e, para isso, precisa se comunicar muito bem.
Quer saber sobre mercado de trabalho, salários e desafios dessa profissão acesse o texto completo em Google Livros Guia de Profissões Megazine.
quarta-feira, 23 de setembro de 2009
quinta-feira, 17 de setembro de 2009
Música
A onda das versões
Compositores brasileiros retomam a tradição de adaptar letras de sucessos estrangeiros. Há uma nova e boa safra para se ouvir
Ivan Cláudio, Revista Isto É
No Brasil tem-se a tradição de se fazer versões de músicas estrangeiras. Na era do rádio, nos anos 1940, o compositor Haroldo Barbosa abastecia Francisco Alves com letras espirituosas. Chegou a assinar mais de 500 versões. Aí veio a jovem guarda, na década de 1960, e a moda voltou: até o refrão "iê, iê, iê" saiu do beatlemaníaco "yeah, yeah, yeah". Mesmo compositores que fizeram fama por versos literários, como Chico Buarque, Caetano Veloso e Gilberto Gil, não resistiram à tentação.
Um dos maiores sucessos de Gil é, aliás, uma versão: "Não Chore Mais" ("No Woman, no Cry", de Bob Marley), que vendeu 750 mil cópias. É uma das melhores adaptações já feitas. Outras acabam de chegar às lojas. No CD "Pelo Sabor do Gesto", Zélia Duncan assina duas ótimas letras em português para canções do francês Alex Beaupain. Com 13 clássicos da canção americana, compostos por músicos judeus, o CD "Nego" traz impecáveis versos refeitos pelo compositor Carlos Rennó. O time de intérpretes faz jus às músicas: Gal Costa, João Bosco e Erasmo Carlos, entre outros.
Rennó defende as traduções que respeitam não apenas o sentido, mas até a métrica e as aliterações do original. "Dá um trabalho do cão. Às vezes, passo a madrugada inteira para escrever um versinho." A letra de "Encantada" ("Bewitched, Bothered and Bewildered", de Rodgers/ Hart), gravada no disco por Maria Rita, reproduz mesmo as rimas atípicas, que acontecem num termo anterior ao do final do verso. "Se for para fazer letra diferente do original, chamo um parceiro e faço outra canção", diz ele. Existem os que optam por essa receita e, ainda assim, conseguem bons resultados. Caso de Nelson Motta, que se afastou bastante da canção napolitana "E Po Che Fá" (de Pino Daniele) em "Bem Que se Quis", sucesso de Marisa Monte: "Há momentos em que a gente tem sorte e as palavras em português cabem perfeitamente, parecendo que sempre estiveram ali."
As traições ficam evidentes quando os versionistas "viajam" no som das palavras e se distanciam totalmente do sentido da canção matriz. Seu Jorge, por exemplo, fez isso no disco originado de clássicos de David Bowie. O refrão de "Rebel, Rebel", ("rebelde, rebelde, como eles poderiam saber") virou uma coisa maluca e sem sentido: "zero a zero, você venceu". Muitas vezes as editoras dos músicos estrangeiros fazem vista grossa para essas liberdades. Mas não é a regra. Há oito anos, quando preparava o CD com repertório dos Beatles, Rita Lee teve seis letras recusadas, entre elas "O Amor é Tão Clichê" ("I Want to Hold Your Hands"). Só agora, no CD "Multishow ao Vivo", conseguiu gravar "O Bode e a Cabra", recriação absurda da mesma canção dos Beatles, dos tempos da jovem guarda.
O caminho oposto (ser muito literal) facilita na hora da negociação, mas pode cair na armadilha da fidelidade exagerada, especialmente em versões feitas do inglês, língua mais sintética que o português. Isso acontece em algumas faixas do CD "Tá Tudo Mudado", que Zé Ramalho dedicou à obra de Bob Dylan. Mas, mesmo quando incorporou elementos alheios ao universo do americano, como referências ao filme "Tropa de Elite" e ao músico Jackson do Pandeiro, ele não teve recusas. Só não conseguiu um bom contrato: 100% dos direitos autorais vão para Dylan. "Eu fiquei apenas com os royalties fonográficos (as vendas do CD)", diz Ramalho. "Era pegar ou largar." Zélia Duncan também não ganha nada pelas ótimas versões. "Acho um absurdo que não haja um acordo. O versionista é um parceiro do autor da música."
quarta-feira, 16 de setembro de 2009
quinta-feira, 10 de setembro de 2009
terça-feira, 8 de setembro de 2009
Pretendo participar dos debates e disponibilizar aqui no blog informações para todos os alunos do curso de Gestão Cultural e demais interessados. Procurem participar também.
sexta-feira, 21 de agosto de 2009
O 16º POA Em Cena terá início no dia 08 de setembro. Os ingressos estarão a venda a partir do dia 30/08 no BarraShopping ou via internet. 59 espetáculos já foram confirmados. Dentre eles nacionais e internacionais! Também já foram confirmados 14 espetáculos do Rio Grande do Sul.
IMPORTANTE: As inscrições para as oficinas já estão abertas e encerram dia 25/08.
Confira todas as informações sobre 16º POA Em Cena no seguinte endereço: http://www2.portoalegre.rs.gov.br/poaemcena/
quarta-feira, 12 de agosto de 2009
quinta-feira, 6 de agosto de 2009
O que é sentido faz sentido
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Lala Deheinzelin, assessora em Economia Criativa da ONU, é superintendente da cultura do Núcleo de Estudos do Futuro da PUC-SP.
Esta entrevista foi publicada originalmente pela revista Arc Design, em setembro de 2008.
Fala-se cada vez mais em Economia Criativa. O que significa, realmente, essa expressão?
É uma nova maneira de pensar o mundo e nossas ações, a partir dos recursos de que dispomos, visando alcançar um futuro desejável. Podemos dizer que a Economia Criativa é o guarda-chuva que abrange as atividades que têm a criatividade e os recursos culturais como matéria-prima. Até o século XX, exploravam-se unicamente os recursos tangíveis: a terra, o petróleo, etc., que são finitos. O século XXI é aquele dos recursos intangíveis, ou seja, da criatividade.
Como e por que acontece – ou deverá acontecer – essa mudança em nossas atitudes e formas de pensar?
Estamos em um momento de transformação. É o momento que sucede o da tomada de consciência de que não podemos basear nosso sistema econômico e produtivo em recursos não-renováveis. A Economia Criativa é a dos recursos renováveis, portanto, estratégicos, que têm o poder de transformar a sociedade e seus fatores sociais, ambientais e culturais.
Soa ainda estranha a expressão que une a palavra “economia”, que se refere ao universo tangível, à noção de “criativa”, que pertence ao mundo intangível. Como se dá essa união?
É este, exatamente, um dos aspectos interessantes da Economia Criativa, pois ela atua de forma interdependente, com dois ecossistemas. Nesse binômio, o criativo lida com o ecossistema cultural, que tem quatro dimensões: a simbólica, onde estão inseridos os valores culturais; a social, que abarca o setor público; o privado e a sociedade civil, por meio de redes; a dimensão ambiental, que inclui o ambiente natural e aquele tecnológico, e a econômica, que atua como mediadora das outras.
Como acontece essa transformação que afeta diretamente nossas “estruturas presentes”? Quais os indícios de que o Brasil pode ser parte dessa nova realidade?
Esse processo já começou, já existe um pensamento que não trata da indústria criativa, aquela que se refere à produção de grandes quantidades e utiliza pouca mão-de-obra. Em vez do muito produzido por poucos, começamos a valorizar a produção feita por muitos, onde cada um vende pouco. Um exemplo divertido está na indústria cinematográfica, com a diferença entre Hollywood e a Roliúde Nordestina, situada na cidade de Cabaceiras, Paraíba.
Local onde nunca chove, começou a ser escolhida como cenário para produções cinematográficas – um problema que, na economia criativa, se transforma em solução. O Brasil já trabalha, como no design e no artesanato, com a mentalidade da Economia Criativa. Estamos ligados nos processos, não nas linhas de produção de fábricas, mas na gestão e no intangível.
O que já existe, no panorama internacional, em termos de dados que comprovem as vantagens dessa mudança de perspectiva na economia?
De acordo com a UNCTAD (United Nations Conference on Trade and Development), os negócios criativos são bons negócios. Conforme o Creative Economy Report, eles crescem duas vezes mais que a indústria, quatro vezes que a manufatura e seis vezes mais quando o assunto é economia da experiência, o turismo.
Como avaliar hoje a dimensão e a abrangência dessa nova forma de agir? Como os governos e as instituições reagem?
Ninguém tem noção do tamanho da Economia Criativa. Precisamos desenvolver parâmetros para enfrentar a nova realidade. As políticas de desenvolvimento deveriam ser baseadas nessas novas ideias. As coisas finitas se medem com régua. O que não é finito é multidimensional. É como querer medir litro com régua.
Cases de sucesso
São Paulo Fashion Week, Doutores da Alegria e Nigéria
Podemos citar três cases de sucesso no âmbito da Economia Criativa. O primeiro é o São Paulo Fashion Week, que não é um produto, mas um processo de coesão. Trabalha-se, fortemente ancorada em valores, a organização de um setor, que é privado, não tem apoio do governo, e é estratégico para a cidade.
Outra experiência é a dos Doutores da Alegria, uma intersecção entre o terceiro setor e a criatividade. Wellington Nogueira, fundador deste grupo que começou com voluntários vestidos de palhaço para visitar crianças em hospitais, espera que no futuro tenhamos “besteirologistas” ou palhaços qualificados. Hoje eles se profissionalizaram, são bem pagos, têm formação adequada. E o projeto já deu muitos “filhotes”, com publicações, pesquisa acadêmica, treinamento de empresários.
O terceiro exemplo vem da Nigéria, onde não há (ou não havia até bem pouco tempo) cinemas. Graças a essa precariedade resultante da pobreza, atualmente o país é o maior produtor de audiovisuais do mundo. É sempre uma produção caseira, sem grandes recursos, mas Hollywood produz 300 títulos por ano, e a Nigéria distribui 30 títulos por semana! As fontes de renda dessa nação são, por ordem de grandeza, a agricultura, o audiovisual e, depois, o petróleo.
quinta-feira, 21 de maio de 2009
O Curso Técnico em Gestão Cultural do IFSUL/ Campus Sapucaia do Sul começou em 2008. É uma experiência pioneira numa área estratégica que tem crescido muito no Brasil, mas que precisa enfrentar importantes desafios. Este blog surgiu da necessidade de democratizar as informações sobre cultura e estimular a discussão de temas como identidade, arte, patrimônio, sociedade e desenvolvimento. Também é um espaço de divulgação das ações e projetos dos alunos de Gestão Cultural. Queremos formar um caleidoscópio de idéias, uma teia criativa em que diferentes facetas se interligam e muitas vozes dialogam. Nosso objetivo é criar o nosso fórum do setor cultural, disponibilizar textos e informações, entrevistas com profissionais da área, relatos de experiências e de projetos na área cultural e promover o debate sobre as políticas públicas para o setor no Brasil e no mundo. Estamos propondo um desafio para os alunos de Gestão Cultural, para os professores que atuam no curso e para todos aqueles que se interessam pelo tema. Marque presença neste portfólio cultural.